Publicações
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Vamos a la playa
Na exposição Vamos à Praia, Odette Boudet transforma a paisagem litorânea em cena cinematográfica e alegoria pós-apocalíptica. Suas pinturas, com paleta insólita e cortes de enquadramento precisos, misturam beleza e inquietação: malas fechadas, corpos fragmentados e o olhar de uma criança evocam histórias interrompidas e tragédias atuais. Inspirada por um hit oitentista que esconde uma distopia sob ritmo tropical, a artista propõe um mergulho profundo nas contradições do presente.
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Idéia Inadequada
A exposição Ideia Inadequada propõe um mergulho sensível nas ausências, sombras e memórias que insistem em permanecer. Entre pinceladas translúcidas e cortes simbólicos, Odette Boudet evoca afetos e fantasmas cotidianos, enquanto Camila Tisott constrói, por meio da fotografia, um espaço onírico e inquietante, onde o vazio urbano contrasta com a persistência da natureza. Juntas, as artistas articulam uma poética que atravessa o íntimo e o coletivo — sonhos, traumas, silêncios — numa arte que, como afirma Herkenhoff, fere e cura.
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Olhar do Cinema
Na exposição Olhar do Cinema, Odette Boudet propõe um mergulho pictórico nas camadas sensíveis da memória, da migração e da experiência coletiva. Com pinturas que se aproximam do storyboard e se desdobram como cenas em suspensão, a artista explora o gesto como dispositivo narrativo, atravessado por sua formação em cinema. As malas – recorrentes em sua obra – tornam-se corpos e metáforas de transitoriedade. Entre pinceladas e plongées, o olhar se desloca para fora da tela, ativando uma memória expandida, onde presença, ausência e urgência se entrelaçam poeticamente.ui
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O Que Cabe Dentro de uma Mala?
Na interseção entre pintura, memória e deslocamento, a artista Odette Boudet transforma malas em metáforas visuais da migração, do afeto e do desapego. Carioca radicada em Vila Nova de Gaia, Boudet investiga, com sensibilidade e domínio técnico, os cruzamentos entre cinema e artes visuais, criando imagens que são tanto recordações íntimas quanto reflexões universais sobre o que levamos conosco ao mudar de lugar. Suas obras propõem uma pausa no tempo: convites silenciosos para revisitar o passado com um olhar novo, em contínua transformação. aqui
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A Mala - Três tigres tristes
Em A Mala, Odette Boudet transforma um objeto cotidiano em protagonista viva de uma narrativa silenciosa e comovente. Mais do que um contêiner de coisas, a mala é memória encarnada, presença que carrega afetos, partidas e retornos. Ao chamá-la de “modelo viva”, a artista tensiona os limites entre objeto e sujeito, imóvel e movimento. Nesta exposição, cada mala torna-se caixa de segredos e testemunha de trajetórias – pessoais e coletivas – provocando o espectador a olhar não apenas para o que se leva, mas para o que permanece.
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Dissertação Mestrado
Com a pergunta inicial sobre como a tela branca será abordada para expressar nossas próprias ideias, objetivamos investigar como utilizar o olhar característico do cinema, no método processual da construção de uma pintura, ou de outra forma, no exercício da atividade do pintor. Partindo do contexto histórico do nascimento do cinema, foi realizada uma pesquisa bibliográfica envolvendo os autores Jacques Aumont, André Gardies, Delfim Sardo, e outros que, em suas abordagens, vinculam o olhar característico do cinema e da pintura a conceitos de movimento, espaço e óptica. Investigamos o uso de referências para projetos artísticos pessoais, com origem em outros campos, por meio da trajetória de duas pintoras brasileiras: Lucia Laguna e Cristina Canale. A metodologia de nossa pesquisa foi a conjugação de uma revisão bibliográfica com a experimentação, de ordem processual e prática, realizada no ateliê do Mestrado em Artes Plásticas da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (UPORTO).
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Fronteiras
Esponja é um coletivo internacional de artistas contemporâneos que, mesmo vivendo em países diferentes, se conectam virtualmente para realizar exposições itinerantes. A mostra Fronteiras, apresentada em São Paulo, convida o público a refletir sobre limites físicos, psicológicos e sociais, explorando a experiência do deslocamento e das diversas formas de pertencimento. Por meio de narrativas pessoais e visuais, os artistas dialogam sobre passagem, resistência e transformação, ampliando horizontes e questionando as fronteiras que definem nossas identidades e territórios.
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Vamos a la playa - folha de sala
Para esta exposição, proponho uma reflexão ao público, através de pinturas de paisagens marinhas, em que a vista quer alcançara linha do horizonte.
De onde, para onde e que limites se impõem ao cruzarmos fronteiras? De que forma este cenário se relaciona com o imaginário do espectador imigrante? Discuto pontos de interseção de narrativas visuais entre o cinema e a pintura. Uma videoarte, que vai além do quadro da pintura, faz partedesta mostra.